- Como se designa a sua patologia cardiovascular?
Bloqueio Aurículo-Ventricular completo
- Há quanto tempo possui o pacemaker?
5 anos
- Como era a sua vida antes de saber que teria de o usar?
Tinha uma vida completamente normal, não excedia no álcool, não fumava e tinha uma vida saudável e activa.
- Quais as razões/causas?
Em 1985 foi-me diagnosticado um sopro cardíaco mas só em 2005 fui operado. Implantaram-me um anel mitral para corrigir esse problema. Mas essa operação provocou um bloqueio atrioventricular (distúrbio de condução do impulso cardíaco) e passados 4 meses tive uma bradicardite sintomática (redução acentuada do ritmo cardíaco). Foi aí que tiveram de me implantar um pacemaker.
- Como lhe foi dada a notícia?
Tudo isto aconteceu muito rápido. Um dia senti-me muito cansado e fui medir a pulsação, como me tinha sido recomendado pelo médico, e estava muito baixa. Fui para o hospital de Aveiro e aí recebi a notícia que me tinham de fazer a operação de urgência para implantar um pacemaker temporário. Só no dia seguinte implantaram o definitivo. Nem tive tempo de assimilar o que me estava a acontecer. Só caí em mim quando estava no hospital em recuperação.
- Quais as maiores preocupações/medos em saber que teria que usar um aparelho para o ajudar a viver?
Como já disse, tudo isto foi muito repentino. Não tive preocupações nenhumas antes da operação. Talvez também por causa da baixa pulsação, estava bastante tranquilo.
- De que maneira aceitou o facto de que teria de fazer uma cirurgia, em que consistia em implantar uma “pilha” para ajudar o seu coração a bater?
Na altura, só queria que cuidassem de mim, pois não me tinha informado sobre o que era um pacemaker. Uma das coisas que poderia ser um factor de risco, era o tabaco, mas eu tinha deixado de fumar há bastantes anos.
- Quais as maiores desvantagens que o aparelho apresenta?
Penso que o aparelho não apresenta nenhumas desvantagens. Até me esqueço que o tenho! Só se nota um pequeno “alto” à beira do ombro que, se as pessoas não souberem, podem achar estranho e perguntar. O que não me incomoda de forma alguma.
- A sua rotina é de alguma forma feita em relação ao pacemaker?
Faço a minha vida normalmente, sem sequer pensar que tenho este pequeno aparelho. Não me impede de fazer nada, embora não deva trabalhar com máquinas eléctricas, nem ter o telemóvel no peito. Por vezes não cumpro estas recomendações, mas nos exames de rotina que tenho de fazer de 6 em 6 meses não tem havido alterações e para já ainda ‘tenho bateria’ para mais uns aninhos.
- O que aconselharia a uma pessoa que tivesse de fazer esta cirurgia?
Se algum dia alguém precisar de recorrer a esta operação, peço que não fiquem preocupados. A recuperação não é dolorosa e, por experiência própria, não condiciona a nossa vida. Muito pelo contrário.
Agradecemos ao Sr. Mauro por ter colaborado e respondido a todas as nossas questões.
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